Irving Kirsch é um psicólogo americano conhecido por seus estudos sobre hipnose clínica e placebo.
Ele é professor emérito de psicologia na Universidade de Plymouth, no Reino Unido, e é conhecido por seus trabalhos sobre depressão e tratamentos alternativos.
Kirsch é reconhecido por suas pesquisas sobre a eficácia da hipnose clínica no tratamento de diversos problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e vícios.
Em seus estudos, ele demonstrou que a hipnose pode ser uma ferramenta poderosa para o tratamento desses problemas, ajudando as pessoas a superarem seus medos e traumas.
Além disso, Kirsch também é conhecido por suas pesquisas sobre o efeito placebo, que é quando um tratamento inativo ou placebo tem um efeito terapêutico real em algumas pessoas.
Ele descobriu que o efeito placebo pode ser tão poderoso quanto os tratamentos médicos tradicionais e que a resposta ao placebo pode ser influenciada pela crença do paciente no tratamento.
Em conclusão, Irving Kirsch é um psicólogo importante no campo da hipnose clínica e placebo. Seus estudos têm sido cruciais para entendermos como a mente humana pode afetar a saúde física e mental.
No entanto, é importante lembrar que a hipnose deve ser usada com cautela e sempre por profissionais qualificados e experientes.
A entrevista
Este diálogo foi registrado durante uma visita na qual Irving Kirsch abordou de maneira compreensível para todos os públicos o que é a hipnose, suas aplicações clínicas, especialmente em cenários de saúde, e as precauções a serem tomadas ao decidir utilizar a hipnose em tratamentos de saúde, bem como na seleção de instituições de formação legítimas em hipnoterapia.
Repórter Claudia Carvalho: Qual é o assunto que vamos discutir?
Irving Kirsch: Antes de mais, gostaria de esclarecer que vamos falar de hipnose clínica e não de hipnose de palco, que é algo completamente diferente.
A hipnose clínica envolve uma situação em que um hipnotizador ou terapeuta faz sugestões específicas de mudança na experiência de um sujeito ou paciente.
Essas sugestões podem incluir coisas como sentir menos dor ou ansiedade em uma situação específica. É uma ferramenta terapêutica que pode ser usada em conjunto com qualquer terapia em que o terapeuta tenha habilidade.
Portanto, a hipnose pode ser adicionada a abordagens terapêuticas cognitivo-comportamentais, psicanalíticas ou qualquer outra. Qualquer tipo de terapia pode ser aprimorado com o uso da hipnose.
Repórter Claudia Carvalho: É amplamente conhecido que a hipnose foi utilizada por Freud, mas acabou sendo abandonada por ele, o que gerou a ideia generalizada de que não é uma ferramenta terapêutica eficaz.
Irving Kirsch: Atualmente, sabemos que a hipnose é uma ferramenta terapêutica valiosa, graças aos estudos empíricos sobre a eficácia da psicoterapia.
Diversas meta-análises e pesquisas empíricas mostram que a hipnose pode melhorar significativamente os resultados da terapia psicanalítica e cognitivo-comportamental, com um efeito estatístico considerável.
Repórter Claudia Carvalho: No entanto, Freud deixou de utilizar a hipnose em suas práticas terapêuticas. Ele reconhecia que as pessoas não possuem o mesmo nível de sugestionabilidade e, por isso, optou pela associação livre como um método alternativo.
Além disso, Freud estava preocupado com o risco de sugerir memórias falsas para seus pacientes durante o processo hipnótico, o que poderia prejudicar a eficácia da terapia. Por essa razão, ele se preocupou com o uso de técnicas sugestivas.
Irving Kirsch: Freud reconhecia que as pessoas têm níveis diferentes de suscetibilidade à sugestão, e por isso optou por abandonar a hipnose em favor da associação livre.
Ele estava preocupado com a possibilidade de influenciar excessivamente seus pacientes ao tentar descobrir suas experiências passadas, o que o levou a questionar o uso de técnicas sugestivas.
Muitas pessoas erroneamente acreditam que a hipnose é uma técnica para acessar memórias inconscientes e, por consequência, pensam que o que imaginaram durante o processo hipnótico realmente aconteceu. No entanto, essa não é a finalidade adequada da hipnose.
Concluindo, a hipnose clínica é uma ferramenta terapêutica valiosa que pode ser usada em conjunto com qualquer terapia em que o terapeuta tenha habilidade, como a terapia cognitivo-comportamental e a psicanálise.
Embora tenha sido abandonada por Freud devido à sua preocupação com a sugestionabilidade e a possibilidade de criar memórias falsas, pesquisas empíricas recentes mostram que a hipnose pode melhorar significativamente os resultados da terapia.
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